{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2025/06/7173408-visao-do-correio-questao-fiscal-exige-saida-negociada-entre-poderes.html", "name": "Visão do Correio: Questão fiscal exige saída negociada entre Poderes", "headline": "Visão do Correio: Questão fiscal exige saída negociada entre Poderes", "description": "", "alternateName": "EDITORIAL", "alternativeHeadline": "EDITORIAL", "datePublished": "2025-06-14T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">"Casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão." Esse velho ditado popular resume bem a situação do estresse entre os Poderes sobre a questão fiscal. Executivo e Legislativo precisam chegar a um acordo sobre como enfrentar o problema do deficit público, no qual cada um tem uma dose de responsabilidade. O primeiro deveria gastar menos do que arrecada; o segundo, renunciar a parte dos recursos das emendas parlamentares.</p> <p class="texto">No momento, assistimos a uma queda de braços entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Um projeto para derrubar o decreto presidencial que reduziu os efeitos da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito, câmbio e seguros será posto em pauta na próxima semana. Entretanto, o decreto havia sido pactuado entre a cúpula do Congresso e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim de semana ado. As novas propostas atingem o agronegócio, a construção civil e o setor de infraestrutura, que têm o fácil a lideranças da Câmara e do Senado.</p> <p class="texto">A MP estabelece uma alíquota de Imposto de Renda de 5% para títulos que hoje gozam de isenção, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) e as debêntures incentivadas. Mesmo com a mudança, esses papéis permanecerão mais atraentes que outros produtos financeiros semelhantes. Mas, segundo os setores afetados, o custo do financiamento imobiliário, do Plano Safra e dos investimentos em infraestrutura aumentará.</p> <p class="texto">As fintechs terão a alíquota de 9% no recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aumentadas para 15% ou 20%, a mesma aplicada aos bancos tradicionais, com os quais elas concorrem. Esse setor do mercado financeiro alega que a medida vai comprometer a inclusão financeira e dificultar a oferta de serviços gratuitos aos mais pobres. As bets arão a pagar de 12% para 18%.</p> <p class="texto">Esses setores têm lobbies poderosos no Congresso, que assumiu um discurso segundo o qual a sociedade não aceita mais medidas que aumentem impostos. Entretanto, não oferecem alternativas para equilibrar receitas e despesas. Os partidos do Centrão participam do governo, ou seja, são sócios dos gastos, mas têm rejeição a novos aumentos da carga tributária. Nesta semana, a Mesa Diretora da Câmara propôs um PL que permitiria aos parlamentares acumularem salários e aposentadorias.</p> <p class="texto">Por outro lado, o presidente Lula se recusa a debater a necessidade de redimensionar o Estado e melhorar a qualidade do gasto, mesmo sabendo que não tem maioria no Congresso para resolver o problema do deficit público com aumento de impostos. É um diálogo de surdos.</p> <p class="texto">O governo mudou o regime fiscal por ele próprio criado para não ter de obter qualquer superavit nas contas públicas durante quatro anos. Como terá de zerar o deficit em 2026, ano de eleições, saiu em busca de mais arrecadação para não ter de cortar despesas, que seguem crescendo. Deu errado. O regime fiscal não foi feito para reduzir despesas, mas, sim, para disciplinar e garantir seu crescimento. Isso não aconteceu.</p> <p class="texto">A economia cresce e não precisa de mais estímulos. Trata-se de conter a expansão das despesas obrigatórias acima das receitas e construir superavits fiscais. Como evitar sacrifícios apenas à população mais vulnerável e reduzir privilégios corporativos? A lógica da negociação responsável deve prevalecer. A crise atual não se restringe ao orçamento: ela é também uma crise de credibilidade da democracia. Por isso mesmo, o Executivo e o Legislativo devem buscar saídas negociadas e responsáveis.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2025/06/7172252-os-obstaculos-para-a-doacao-de-sangue.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/03/0306km_05-37686680.jpg?20250612213016" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Os obstáculos para a doação de sangue </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/06/7172234-o-brasil-de-frente-para-o-mar-um-o-importante-rumo-a-protecao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/26/praia_de_coqueirinho-52785506.jpg?20250526182623" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>O Brasil de frente para o mar: um o importante rumo à proteção </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/06/7172219-a-pos-verdade-a-substituicao-do-fato-pela-narrativa.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/12/pri_1306_opini-53970598.jpg?20250612205023" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>A pós-verdade: a substituição do fato pela narrativa </span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/20/1200x801/1_img20241204110734566med_e1733525849295_990x557-43305167.jpg?20250613212851?20250613212851", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/20/1000x1000/1_img20241204110734566med_e1733525849295_990x557-43305167.jpg?20250613212851?20250613212851", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/20/800x600/1_img20241204110734566med_e1733525849295_990x557-43305167.jpg?20250613212851?20250613212851" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 626u2y

Visão do Correio v5b46 Questão fiscal exige saída negociada entre Poderes
EDITORIAL

Visão do Correio: Questão fiscal exige saída negociada entre Poderes 2r5tb

Um projeto para derrubar o decreto presidencial que reduziu os efeitos da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito, câmbio e seguros será posto em pauta na próxima semana 5u5k61

"Casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão." Esse velho ditado popular resume bem a situação do estresse entre os Poderes sobre a questão fiscal. Executivo e Legislativo precisam chegar a um acordo sobre como enfrentar o problema do deficit público, no qual cada um tem uma dose de responsabilidade. O primeiro deveria gastar menos do que arrecada; o segundo, renunciar a parte dos recursos das emendas parlamentares.

No momento, assistimos a uma queda de braços entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Um projeto para derrubar o decreto presidencial que reduziu os efeitos da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito, câmbio e seguros será posto em pauta na próxima semana. Entretanto, o decreto havia sido pactuado entre a cúpula do Congresso e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim de semana ado. As novas propostas atingem o agronegócio, a construção civil e o setor de infraestrutura, que têm o fácil a lideranças da Câmara e do Senado.

A MP estabelece uma alíquota de Imposto de Renda de 5% para títulos que hoje gozam de isenção, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) e as debêntures incentivadas. Mesmo com a mudança, esses papéis permanecerão mais atraentes que outros produtos financeiros semelhantes. Mas, segundo os setores afetados, o custo do financiamento imobiliário, do Plano Safra e dos investimentos em infraestrutura aumentará.

As fintechs terão a alíquota de 9% no recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aumentadas para 15% ou 20%, a mesma aplicada aos bancos tradicionais, com os quais elas concorrem. Esse setor do mercado financeiro alega que a medida vai comprometer a inclusão financeira e dificultar a oferta de serviços gratuitos aos mais pobres. As bets arão a pagar de 12% para 18%.

Esses setores têm lobbies poderosos no Congresso, que assumiu um discurso segundo o qual a sociedade não aceita mais medidas que aumentem impostos. Entretanto, não oferecem alternativas para equilibrar receitas e despesas. Os partidos do Centrão participam do governo, ou seja, são sócios dos gastos, mas têm rejeição a novos aumentos da carga tributária. Nesta semana, a Mesa Diretora da Câmara propôs um PL que permitiria aos parlamentares acumularem salários e aposentadorias.

Por outro lado, o presidente Lula se recusa a debater a necessidade de redimensionar o Estado e melhorar a qualidade do gasto, mesmo sabendo que não tem maioria no Congresso para resolver o problema do deficit público com aumento de impostos. É um diálogo de surdos.

O governo mudou o regime fiscal por ele próprio criado para não ter de obter qualquer superavit nas contas públicas durante quatro anos. Como terá de zerar o deficit em 2026, ano de eleições, saiu em busca de mais arrecadação para não ter de cortar despesas, que seguem crescendo. Deu errado. O regime fiscal não foi feito para reduzir despesas, mas, sim, para disciplinar e garantir seu crescimento. Isso não aconteceu.

A economia cresce e não precisa de mais estímulos. Trata-se de conter a expansão das despesas obrigatórias acima das receitas e construir superavits fiscais. Como evitar sacrifícios apenas à população mais vulnerável e reduzir privilégios corporativos? A lógica da negociação responsável deve prevalecer. A crise atual não se restringe ao orçamento: ela é também uma crise de credibilidade da democracia. Por isso mesmo, o Executivo e o Legislativo devem buscar saídas negociadas e responsáveis.

 

Mais Lidas 6ga3k