
Após anos de silêncio, o empresário musical Scooter Braun, 43, falou pela primeira vez abertamente sobre a polêmica aquisição dos direitos dos seis primeiros álbuns de Taylor Swift, 35. A disputa, que se tornou um marco na discussão sobre propriedade intelectual na indústria fonográfica, voltou aos holofotes após Braun comentar o caso durante sua participação no podcast The Diary of a CEO, exibido nesta segunda-feira (9).
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A polêmica teve início em 2019, quando a gravadora Big Machine, responsável pelos seis primeiros discos da carreira de Swift, vendeu os direitos das gravações originais — conhecidas como masters — ao empresário. A decisão motivou a cantora a regravar suas obras em versões atualizadas, batizadas como Taylor’s Version, movimento amplamente apoiado por seus fãs.
No episódio do podcast, Braun disse que, ao adquirir a Big Machine, acreditava que teria a chance de colaborar com os artistas vinculados ao selo, incluindo Taylor. “Achei que seria algo emocionante. Eu realmente pensei que trabalharíamos juntos”, afirmou.
Na entrevista, o magnata relembrou que já era empresário de Kanye West e Justin Bieber, dois artistas com os quais Swift teve atritos públicos no ado. “Eu sabia que ela não se dava bem com eles. E foi aí que minha arrogância entrou em cena. Achei que, quando o anúncio fosse feito, ela falaria comigo, entenderia quem eu era de verdade e poderíamos encontrar um caminho em comum”, disse.
Swift, por outro lado, sempre sustentou que tentou negociar a compra dos seus próprios masters, mas que nunca recebeu uma proposta considerada justa. Com os direitos em mãos, Braun e, posteriormente, a empresa Shamrock Capital — que adquiriu o catálogo — lucravam com licenciamento, reprodução e streaming das gravações, sem rear parte desses ganhos à própria artista.
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O empresário afirmou ter ficado surpreso com a reação pública de Taylor: “Fiquei chocado. Nunca imaginei que isso viraria uma batalha pública daquela dimensão.” Ele reconheceu que a repercussão global teve um impacto profundo em sua trajetória: “Foi a primeira vez que entendi o que é receber críticas em escala global. Aprendi que nem os elogios que recebi antes eram completamente justos, nem o ódio que veio depois era merecido. Nenhuma dessas pessoas realmente me conhecia — e ela também não.”
A situação começou a se reverter em favor de Swift neste ano, quando a artista anunciou oficialmente ter adquirido de volta os direitos dos álbuns da Shamrock Capital. Com isso, ela retoma o controle sobre as gravações que marcaram o início de sua carreira e que, por anos, estiveram fora de seu domínio.